opa ( ͡° ͜ʖ ͡°), como vai galerinha? eu vou bem obrigado! de volta ao trabalho aqui, desculpem-me por minha demora, mas eu estava passando por uns probleminhas pessoais, agora esta parcialmente normal, ainda to meio.... ah ja deve ter dado pra entender, mas como meio de me redimir amanhã eu vou lançar as primeiras 30 pag do letras de sangue em PDF, pra facilitar o povo de ler, e aqui vai os cap 6 e 7 do lentras:
Palavra seis: duvida
Eu havia voltado varias vezes para
aquele lugar, em busca de alguma resposta, mas eu não encontrava nada alem de
muito sangue espalhado no chão, desde aquele dia o Jason não falou nada, a
Alexie, ela não mudou, continua curiosa como sempre, ainda me pergunto pelo que
ela passou...
Não sei o que dizer, só sei que estou
muito confuso, as palavras continuavam a ecoar em minha mente, minha duvida não
se apagava, e eu tinha visto algo que não era tão anormal, que não era fora do
comum, mas eu só tinha visto em uma pessoa ate hoje, – irrelevante, é impossível, isso com certeza absoluta é impossível – eu repetia e repetia, mas não, eu estava
errado.
Sejamos realistas, tudo que eu passei
desde o incidente do “atropelado” deveria ser classificado como impossível, mas
aconteceu, eu não sou comum, nenhum de nós é, mas isso agora não tinha
importância, era isso ou esperar pacientemente pela morte iminente, mesmo com
tudo isso ainda passeava pela minha cabeça algo – como ninguém, em toda essa cidade avia notado o massacre do prédio
preto? – essa cidade não era normal, assim como nós todos.
Dor de cabeça, era isso que eu
sentia, já estávamos a tempo demais nesse lugar, mas mesmo assim, nada, eu não
tinha nada, só um monte de duvidas, eu não iria perder a esperança, já devia
ter perdido, mas não perdi, talvez nos
seres humanos, nisso tudo que me cerca, ocorria morte atrás de morte, o
tempo todo, em todo lugar de todas as maneiras imagináveis e inimagináveis, – então é isso? É aqui que todos nós
vivemos? – é, sim nós vivemos nesse lugar, todos nós.
– vamos fazer o que agora? – eu
perguntei a meus “companheiros”
– ... – ficou calada a Alexie
– eu... não sei... só não sei... –
respondeu o Jason, que já parecia outra pessoa, sem entusiasmo, somente uma
feição triste em meio às olheiras que aviam se formado em seus olhos.
– então vamos embora daqui, não temos
mais o que fazer, temos? – perguntei
– não podemos ir... – disse ele
enquanto apertava os olhos.
– porque não?
–não podemos, só não podemos
entende?! – respondeu ele mais alto, quase gritando
– estamos presos aqui por acaso?!
– SIM, ESTAMOS, NÓS NÃO PODEMOS
DEIXAR ESSE LUGAR ATÉ QUE!... – ele grita enquanto se levanta.
– ATÉ QUE O QUE?! – grito eu também.
– ate que você a encontre... Só
podemos ir quando você achar ela... – ele fala abaixando o tom da voz enquanto
se senta.
– ela quem? Eu não sei quem é, você
ainda não entendeu isso? – falei quase com lagrimas nos olhos.
– sua mãe... –responde ele em tom
baixo.
– mas ela esta morta...
– não – levanta a Alexie – não
esta...
– ...
A discussão havia por ter acabado
ali, mas ainda restavam duvidas, duvidas... sempre elas, em tudo que eu faço,
as duvidas estão sempre me acompanhando, é uma maldição, ou só mais uma das
muitas peças que o destino gosta de pregar.
Eu ainda estava confuso quanto à
situação, mas pelo menos eu tinha uma resposta, e ela segui meu maior medo – então ela era minha mãe... – sim,
segundo eles era ela, segundo as palavras ela era também, só me restava achá–la.
Achá–la, eu tinha que procurá–la – mas por onde procurar? – eu me
perguntava, era uma cidade muito grande, tinha muita gente, e poucas pistas...
– luzes – falou a Alexie – esse lugar
realmente tem muitas delas...
Eu não conseguia entender o que ela
tinha com luzes... Então ele falou:
– ela é cega, mas enxerga
– errrrr, e o que isso deveria
significar?
– ela vê luzes, ela sente as pessoas,
objetos... Ela enxerga pelo corpo, ela vê as almas, as esperanças, e os desejos
das pessoas... – explicou
– será que?...
– será que, o que?
– não, não posso fazer isso... –
falei enquanto eu abaixava a cabeça.
– fazer o que? – perguntou a Alexie
enquanto se levantava – oh, entendi... Se é isso que quer... eu farei
Então ela foi ate a janela, estendeu
o braço ate o vidro, colocou a mão levemente nele, e fechou os olhos, tudo
começou a ficar escuro, desde o céu ate mesmo as lâmpadas do quarto, e eu as
via, em toda parte junto com minhas próprias paranóias, as luzes, todas
brancas, eu conseguia sentir as esperanças, os medos, os desejos, e as ambições
de todos eles. Mas tinha uma estranha, uma luz que combinava com as letras
amarelas, era ela, mas algo, além disso, era estranho, eles tinham luzes
diferentes, assim como eu.
– chega... – falei – já sei onde
está...
– então vamos, estamos sem tempo a
perder! – disseram eles juntos.
Nós fomos, eu tinha visto a luz na
região oeste da cidade, era uma zona exclusivamente industrial, haviam poucas
pessoas, então era mais fácil procurar pela palavra amarela, bem, não tão
fácil, parecia que ela não existia, a quantidade de fabricas, os prédios, a
fumaça, como eu detestava esse cenário onde ate o céu era cinza, mas era
necessário, e continuamos a procurar, mas ela se escondia bem, estava escondida
a quinze anos, eu não esperava menos, mas continuamos a procurar, juntos,
prédio por prédio, rua por rua, mas não achávamos nenhuma pista.
– tem certeza que a viu aqui? –
pergunta o Jason em meio a fadiga causada pela fumaça.
– sim – respondo.
– ...
O dia foi passamos e nos cogitamos a
idéia de ela já ter saído dali, era uma possibilidade, mas nesse momento algo
me veio a cabeça:
– Jason, melhor Sr. Calmmind, como
você fez?
– porque a formalidade? E como eu fiz
o que? – respondeu com outras duas perguntas.
– como a achou na primeira vez? Como
sabia que ela estaria naquela área, daquele prédio, naquele exato momento?
– ... – ficou calado.
Ele não respondeu imediatamente,
parou, olhou em volta, pegou um barril de madeira que estava na entrada de um
dos becos, sentou, suspirou, olhou para mim, a Alexie falou:
– vai contar? Tem certesa que isso é
uma boa idéia? Você acima de todos sabe do que ele é capas, esta certo disso?
– sim... eu sei... mas isso não é
importante agora... – respondeu ele de cabeça baixa – você gosta das duvidas
não é amigo? – falou ele sarcasticamente.
–oh... sim, elas fazem parte da vida
de todos, inevitavelmente todos temos duvidas...– falei sem notar o sarcasmo
que ele usava
– nós, como você já deve ter
percebido não somos normais, mas nem sempre as coisas foram assim, você lembra–se
de algo de quando tinha cinco anos? Ou antes disso?
– agora que você falou, não, nada,
mas isso não é importante não é mesmo? É normal...
– não você não se lembra de nada,
pois ate esse tempo você, não necessariamente, “existia”... nenhum de nós
existia.
– huh? – eu não entendia, – como assim? – eu me perguntava.
Continuamos, nós conversamos, ele me
explicando, apagando uma por uma muitas de minhas duvidas, eu descobri u porque
de muitas coisas, mas não era o suficiente, minha mente sempre arranjava mais
duvidas, sempre encontrava meios de me atormentar com mais e mais duvidas,
dividas, que dessa vez não iam se encontrar com suas respostas...
Palavra sete: tempo
Antes:
Isso, é meu passado, quando eu não
entendia tudo a minha volta, nem aquilo que estava dentro de minha cabeça,
somente as via, as lia e as ignorava, as palavras, somente era uma criança, que
não se lembrava de nada, somente lembrava–me de um rosto, um conjunto de
palavras: “Catherina R. Coldsoul” ou somente mãe...
Não sei muito dela, meu pai nunca me
falou muito dela, mas isso não era nada, ela morreu quando eu tinha completado
cinco anos de idade, eu era muito novo pra entender o que se passava, ou era
muito novo pra ouvir a realidade, mas eu tinha companhia, elas que nunca me
largaram, ou eu que nunca as larguei, as palavras, que me ajudavam em tudo, das
coisas mais fúteis ate as mais complexas.
Eu tinha sete anos quando me mudei
para o Canada, uma escola nova, um novo idioma, se bem que meu pai só falava em
inglês comigo o que facilitou a minha vida, e as palavras me davam as
traduções... Era útil, muito útil.
Fui uma criança tímida, na verdade
somente tive dois amigos em toda minha vida, depois temos o vermelho, e é
coisas, mas no passado eu não precisava entender nada, sempre tinha tudo na
minha frente, ou atrás de mim, o tempo todo, todas as respostas...
Escola, escola... Acho que já falei
dela não é mesmo? Algo com “tortura e futuro”, mas deixando isso de lado, eu
somente tive dois amigos toda a minha vida, Milianna Loonely e Eric, só Eric,
nunca me dei ao trabalho de gravar o nome dele, eles eram meus únicos amigos,
as únicas pessoas, alem de meu pai em que eu compartilhava um mínimo de
apresso, e era retribuído, algumas vezes não da maneira que eu esperava, mas eu
era, e isso era suficiente.
Eu os conheci quando completei treze anos,
não, na verdade já os conhecia há bastante tempo, mas a amizade só começou com
treze anos mesmo, foi em um zoológico:
– ei! – gritou uma garota que não era
estranha, mas era estranha ao mesmo tempo.
– ah, eu? – perguntei.
– sim, você! Eu te conheço da escola
não é? – perguntou ela enquanto andava em minha direção.
– uh, eu? Acho que sim – respondi.
– Alfred, Alec...
– Albert, sou Albert – ajudei–a
– sim Albert, você sabe onde fica a
área dos leões? – perguntou ela.
Eu não sabia, EU não sabia, mas pra
variar elas tinham a perfeita noção de toda a área da cidade... Então
simplesmente apareceu no chão um grande “nessa direção” e uma seta apontando
para o lado certo, e eu somente confiei nelas...
– hummm, é pra lá – falei enquanto
apontava para a direção da seta.
– então vamos! – falou ela enquanto
segurava minha mão, como um perfeito sem atitude eu fui – ah meu nome é
Milianna.
No meio do caminho, em meio à
correria, meu boné caiu:
– ei! – gritei.
– que?
– meu boné, ele caiu espera um
segundo!
– ah okey então – falou ela enquanto
parava.
Eu voltei pra pegar meu boné, só
alguns passos, só tinha medo de que alguém o tivesse pegado, e bem, foi o que
aconteceu, mas por sorte eu o vi pegando:
– OU! VOCE AI COM O BONE!
– huh? Quem eu? – perguntou ele na
cara dura.
– sim... Você!
– você quer o que?
– meu boné oras!
– ah isso, toma – é incrivelmente
existe uma pessoa boa nesse mundo...
– obrigado – agradeci a obvia bondade
dele...
– de nada, você não é o Alfred da
escola?
– Albert, é Albert, e sim sou eu –
respondi, mas eu nunca tinha visto ele antes, ou só não me lembrava dele, então
mais uma vez apelei para as palavras, tentei olhar o mais discretamente e
rápido possível para a testa dele, somente vi Eric, então seria isso! – e você
deve ser... Eric certo?
– oh sabe o meu nome, primeira pessoa
que lembra dele, valeu!
– nada – respondi – mas eu tenho que
ir, tem gente me esperando...
– ah, nesse caso eu vou com vocês –
falou ele na cara dura mais uma vez, e realmente veio...
Então nós fomos ate onde a Milianna estava
esperando, ela já estava sentada em um dos bancos, quando me viu ela levantou o
braço, acenou e gritou:
– aqui!
Eu fui ate lá, com ele me seguindo, e
nós fomos pra jaula dos leões. Ela me perguntou quem era, eu simplesmente falei
o que aconteceu, e nos fomos em frente.
Engraçado não é, o passado era tão
pacifico, era tudo tão simples, e isso só faz três anos, eu estava junto a
essas pessoas a pouco tempo atrás indo a escola, estudando, comendo dignamente,
usando a internet, a vida normal nunca tinha parecido tão boa para mim, só
agora percebo o quão bom era ela.
O futuro realmente é algo que nos
devemos respeitar, que devemos ter cuidado, uma vez que pode acontecer qualquer
coisa com qualquer pessoa, a qualquer momento, em qualquer lugar, o futuro é a
única coisa que nunca teremos certeza, bem pelo menos é o que acham...
Depois:
O tempo e o espaço se curvam diante
de minha vontade, o futuro para mim não é um mistério assim como o passado,
tenho todas as respostas, todas as duvidas, tenho toda a capacidade, não sou
nenhum deus, não sou nenhuma divindade, somente sou a palavra...
Mas uma duvida elas não conseguem
responder, uma duvida que a resposta não existe.
Eu vi, em minha frente tantas
pessoas, outros gritavam em meu ouvido, tantas pessoas, tantas luzes, tantos
sentimentos, tantas palavras, tantos pensamentos, estava tudo muito confuso,
tudo muito obscuro, era o stress, o cansaço e a exaustão e a duvida todas
juntas em um show em minha frente como se fossem fogos de artifício.
Eu não suportava aquela dor, a
procura já não me abandonava, como pode ela sumir tão rápido? – Quer sumir? – eu pensei – então que sumam todos! – falei com os
olhos fechados, talvez mais um de meus muitos erros, ou não, eu abri os olhos e
vi, melhor, não vi, nada, não tinha nada, nem pessoas, nem cidade, nada,
somente um gigantesco deserto...
Como isso veio a acontecer, eu não
sei, se isso era possível, vi agora que sim, – o que sou eu?... – eu me perguntava, mas essa era uma duvida cuja
resposta eu não tinha, humanos eu não era, pelo menos isso eu sabia agora...
Agora:
– nós três nascemos no mesmo dia, na
mesma hora, no mesmo lugar e com o mesmo propósito... – concluiu ele.
– ...
– não era para você ter falado –
falou a Alexie.
–
calma, eu sei como isso vai acabar...
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